GEDDEL TÁ DE MAL COM WAGNER
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LULA HOMENAGEIA MÃE COM PARQUE
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"LULA, O FILHO DO BRASIL" EMOCIONA PRESIDENTE
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DEPUTADOS FAZEM NATAL COM VERBA DA CÂMARA
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HONDURAS: CHÁVEZ DIZ QUE PLEITO É FARSA AMERICANA
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VITÓRIA ENCARA O FLU DE OLHO NA SUL-AMERICANA
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29 de Novembro de 2009RICARDO E EMANUEL SE DESPEDEM EM SSA
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Oswaldo Braga entrevista Ivanilson
Foi Coordenador-Geral do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, membro do Conselho Universitário, Vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFBA e Vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
No Partido Verde, após anos de intensa militância pelo interior da Bahia, integra o Conselho e a Direção Executiva Nacional do PV, Além do Conselho Curador da Fundação Verde Herbert Daniel. Atualmente, é o presidente do Partido Verde na Bahia.
Ivanilson Gomes – Na última reunião da Executiva Nacional, nós definimos que não aceitaremos que nenhum vereador, prefeito ou vice-prefeito vote fora do partido. Senão ele terá que arcar com todas as consequências, inclusive a perda do mandato. A Executiva Nacional afirmou que não terá nenhuma dificuldade em gastar até o último centavo para cassar os mandatos dos infiéis. Esta é uma nova estratégia do PV para que os que estiverem cumprindo mandato aproximem-se do partido e sugiram candidaturas dentro do PV nas Eleições de 2010. Fora do partido, não haverá nenhuma possibilidade, nem tolerância.
IG – Essas atitudes que estão sendo tomadas não significam uma questão punitiva, mas sim medidas para ajustar o partido porque nós entedemos que um partido só pode crescer se todos estiverem juntos com os mesmos objetivos. Se algum parlamentar, filiado ou dirigente do partido não se sentir confortável em apoiar as candidaturas do partido, deve-se observar os prazos para que essas pessoas se desvinculem do partido e fiquem à vontade para apoiar quem quiserem. O objetivo é buscar uma unidade. Nós não acreditamos que nenhum partido cresça sem união e foco no crescimento.
Jornal do PV – É com união que o PV vai crescer?
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Nos idos do fim da década de 80 e início da década de 1990 o Bispo Dom Paulo Lopes de Farias, da Diocese de Itabuna, já denunciava o que ele chamou de grupo de extermínio, o qual vitimou grande parcela da juventude nas periferias desta cidade. Paralela à crise na lavoura cacaueira já sinalizava, nesta época, o “inchaço” das comunidades periféricas e o aumento da pobreza. Mais de 20 anos se passaram e a realidade destas localidades está cada vez pior. Na ultima terça feira, 24 de novembro, Ministério da Justiça e Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentaram uma pesquisa sobre a exposição de jovens à violência no Brasil e a cidade de Itabuna figura como a mais violenta do país.
Há tempos o Movimento Negro de Itabuna vem observando os dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia que já apontava esta cidade entre as mais violentas do Estado, com uma média de 15 assassinatos ao mês. O mais agravante é que as vítimas de homicídios dolosos, na maioria dos casos, são adolescentes, entre 14 e 16 anos, negros e como nas demais cidades, moradores da periferia e as “autoridades competentes” se mostram ineficientes e, de serta forma omissas diante das mazelas vividas pela população da periferia.
Neste mês de novembro o Coletivo de Entidades Negras de Itabuna promoveu uma série de debates, cujo tema central foi O JOVEM NEGRO NA PERIFERIA DOS IREITOS - “Discutindo Políticas de Segurança Pública”, a primeira atividade ocorreu na Câmara de Vereadores desta cidade, di 31 de outubro e foi convidado Poder Executivo Municipal e seus secretários, vereadores, o alto Comando das Polícias Militar e Civil, OAB, Diocese de Itabuna, Ministério Público, Universidade Estadual de Santa Cruz, DIREC-7, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, Imprensa; Entidades do Movimento Social e Movimento Negro de Itabuna e comunidade em geral - com o objetivo de discutir os rumos que tem tomado a violência neste município e como tem se configurada a política de proteção ou contenção e refletindo também as praticas de discriminação ao qual está submetida a população da periferia.
Desses convidados compareceu, apenas, o Tenente Carlos Araujo do 15º BPM, o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, representando a Secretaria Municipal de Educação o Diretor do setor de Relações Étnico - Raciais, Paulo Alves, setores da imprensa e os representantes dos movimentos. Os demais se furtaram de comparecer, o que prova a forma como o caso vem sido tratado nesta cidade. Durante o mês de novembro tivemos programação dia 13 no Ponto de Cultura - ACAI e no Auditório do Sindicato dos Comerciários, dia 17 no Auditório da Torre da UESC, dia 19 ao lado da Prefeitura (no monumento à Zumbi), e dia 20 na Av. do Cinqüentenário com a CAMINHADA DA CONSCIÊNCIA NEGRA e nenhum desses convidados (autoridades) compareceram. Foi alertado durante todo esse mês esta problemática, o que, de seta forma, foi ignorado, até que no fim do mês Itabuna é notícia em rede nacional como a cidade mais violenta do país.
A cidade em estaque está em perfeita sintonia com a conjuntura nacional, uma vez que o índice de evasão escolar nas Escolas do Estado beira o absurdo. Nas Escolas do Município chega a ser vergonhosa a situação da EJA – Educação de Jovens e Adultos. O Ministério Público que tem feito visitas a algumas dessas instituições escolares não está atento a situação do estudante noturno e também não tem se pronunciado em relação às verdadeiras chacinas que tem ocorrido em Itabuna.
Os jovens já se dizem tão “acostumados” a esta situação que assassinato, violência policial e outros descasos é uma realidade “comum” nas periferias...
Está mais que na hora dessas autoridades que se dizem competentes tomar uma atitude em caráter de URGÊNCIA! A população em geral precisa acordar para essa realidade, pois, se continuar como está, continuaremos ser notícia nacional nos piores índices que pudermos imaginar.
Egnaldo Ferreira França
Projeto Encantarte
Graduando do Curso de História / UESC
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GRACINHA LEMOS FALA SOBRE MARAÚ
domingo, 22 de novembro de 2009
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Itabuna tem uma morte por Gripe A
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Morre Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo
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O deputado federal Luiz Bassuma, pré-candidato a governador da Bahia - PV 2010...
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RS: 28 CIDADES EM SITUAÇÃO DE EMERÊNCIA
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Angelina Jolie...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Linda e sexy ela sempre foi e isso não dá para negar, mas que a senhora Pitt está melhor hoje em dia, isso ela está!
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OLÍVIA DESAFIA LÍDER A AGRADAR O PREFEITO
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
(Daniel Pinto
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"LULA, O FILHO DO BRASIL" GERA REBU"
(Samuel Celestino).
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LULA DIZ A DONA CANÔ QUE GOSTA DE CAETANO
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CONSCIÊNCIA NEGRA COMEMORADA EM TODO PAÍS
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PT LANÇA GRUPO PARA ELEIÇÃO DE WAGNER
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PRESTAÇÕES DA CASA PRÓPRIA VÃO CAIR
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SHEILA REVELA QUE POSOU NUA POR PRESSÃO
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Sec. de Cultura, prefeito e comunidade tentam recuperar auditório municipal de Aurelino Leal
Por: Jackson Cristiano
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Lideranças de Ubaitaba firmaram parceria com Paulo Souto
Por: Alisson Amaral (Salvador)
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Sessão na câmara de Aurelino Leal falou sobre salários de funcionários da prefeitura
Fotos: Jackson Cristiano
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Itabuna: Filha de ex-vereador morre em acidente
Por: Oziel Aragão
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Prefeitura realiza I feira de saúde bucal em Aurelino Leal
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Flavia Alessandra, nua, Pelada, sem calcinha...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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IGUALDADE RACIAL É RESPEITAR A SUA IDENTIDADE E CRIAR OPORTUNIDADES 20 DE NOVEMBRO. DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA...
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O Dia da Consciência Negra é uma data para a reflexão de todos nós brasileiros. Durante o período da escravidão, os negros sofreram inúmeras injustiças. E ás custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas cidades, foi erguido tudo o que havia no Brasil daquela época. Os negros resistiram de diversas formas, nas muitas revoltas, fugas e com a formação de quilombos em várias partes do país. Assim, surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como principal líder Zumbi.
Veio a Abolição em 1888, o Brasil mudou e hoje é uma das maiores economias do mundo. No entanto, os negros continuaram em situação de desigualdade, ocupando as funções menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso às terras ancestralmente ocupadas no campo, e na condição de maiores agentes e vítimas da violência nas periferias das grandes cidades. Sua luta, inspirada em Zumbi e em outros heróis negros que tombaram ao longo do caminho, precisava continuar.
Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, e seu corpo foi exibido em praça pública para semear o medo entre os escravos e impedir novas revoltas e fugas. Mas o efeito foi oposto, despertando em muitos a consciência de que era preciso lutar contra a escravidão e as desigualdades, como Zumbi ousou fazer. A memória deste herói nacional, no Dia da Consciência Negra, nos compromete com a construção de uma sociedade na qual todos tenham não apenas a igualdade formal dos direitos, mas a igualdade real das oportunidades.
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MILENA SILVA: TUDO POR UM CARGO NA AL-BA
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
(Evilásio Júnior
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INAGURAÇÃO DA PONTE DE ITACARÉ CAMAMU...
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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Ó Pai, Ó estreia dia 13 na Globo
domingo, 8 de novembro de 2009
– Ele acabou se convertendo à igreja evangélica. Agora, ele usa a fé dos outros para ganhar dinheiro. Continua sendo o baixo-astral da história, mas de forma mais leve, menos agressiva – afirma Nachtergaele.
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GAROTAS CURTEM FERIADO NAS PRAIAS DE MARAÚ...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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MINISTRO JUCA FERREIRA CRIA PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM PROJETOS CULTURAIS
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Objetivos complementares do curso
Capacitar artistas, gestores, empreendedores, administradores, técnicos e produtores culturais com experiência em distintas áreas, para atuarem na gestão de atividades culturais, nas esferas públicas e privadas.
Proporcionar uma visão integrada das áreas de administração, economia, direito, marketing, artes e cultura.
Preparar o profissional para elaborar e desenvolver as etapas necessárias ao domínio do negócio cultural.
Proporcionar informações para o desenvolvimento de empreendimentos próprios com a utilização da metodologia adequada.
O curso é dividido em quatro etapas.
1ª etapaCurso de nivelamento de conteúdos de 15 horas, que acontecerá na modalidade a distância, em que serão apresentados os conceitos básicos que envolvem os temas tratados (vide relação de conteúdos abaixo). Esse curso é de livre acesso a todos os interessados e obrigatório para aqueles que desejarem fazer o curso presencial. Ao final, haverá uma avaliação e será emitido certificado para aqueles que atingirem a pontuação mínima.
2ª etapaOficina presencial com vagas limitadas, que acontecerá em 36 cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de Santa Catarina e Espírito Santo, até 2011. As primeiras contempladas, ainda em 2009, serão Belém (PA), Rio Branco (AC), Ilhéus (BA) e Cuiabá (MT). A oficina terá duração de 3 dias e abordará, de forma prática, os conteúdos envolvidos, explorando a formulação de um projeto cultural e sua gestão.
A seleção para esta etapa levará em consideração alguns critérios, como a classificação na etapa anterior e o local de residência, sendo priorizados os que residirem na localidade onde ocorrer a oficina ou em localidades próximas, além de haver a possibilidade de análise de currículo.
3ª etapaA terceira etapa será ministrada a distância. Consiste em módulos avançados dos conteúdos anteriormente trabalhados, que poderão ser realizados somente por aqueles que passarem pelas etapas anteriores. Cada módulo (que terá de 15 a 30 horas) pode ser acompanhado separadamente e dará direito a um certificado por módulo concluído.
4ª etapa - Multiplicadores
Haverá uma formação específica para os agentes públicos que cumprirem, a contento, a segunda etapa, e desejarem se tornar multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. Para tanto, eles deverão cumprir satisfatoriamente os módulos avançados da 3ª etapa e participar de uma oficina presencial específica para os multiplicadores.
Direitos autorais e projetos culturais
O programa terá um módulo específico (que será tratado de forma diferenciada em cada etapa) para a questão dos direitos autorais. Considerados fundamentais em todas as relações do campo da cultura (produção, distribuição, fruição e consumo do produto cultural), os direitos autorais serão apresentados de forma a possibilitar uma melhor gestão dos projetos culturais. A inclusão deste módulo no programa objetiva que, ao final, os participantes saibam como usar uma obra protegida, e como proteger e fazer circular uma nova criação.Ministério da Cultura MinCEsplanada dos Ministérios, Bloco BCEP: 70068-900Brasília – Distrito FederalE-mail: http://mce_host/compose?to=programadecapacitacao@cultura.gov.br
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No imaginário nacional, quilombo é algo do passado que teria desaparecido do país junto ao sistema escravocrata, em maio de 1888.
Esta falsa idéia decorreu do fato das comunidades terem permanecido isoladas durante parte do século passado. Foi uma estratégia intencional que garantiu a sua sobrevivência como um grupo organizado com tradições e relações territoriais próprias e, por conseguinte, com direito a ser respeitado nas suas especificidades, as quais foram significativas para a construção e atualização de sua identidade étnica, cultural, reprodução física e social.
Desde então, o pleito pela garantia do acesso a terra, relacionando-o ao fator da identidade étnica como condição essencial, tornou-se uma constante, como forma de compensar a injustiça histórica cometida contra a população negra, aliado à preservação do patrimônio cultural brasileiro em seus bens de natureza material e imaterial.
Introdução
Alterar as condições de vida nas comunidades remanescentes de quilombos por meio da regularização da posse da terra, estimular o seu desenvolvimento e apoiar as associações representativas destas comunidades são objetivos estratégicos que visam o desenvolvimento sustentável destas comunidades, com a garantia de que os respectivos direitos sejam elaborados, como também implementados.
Para tanto, o governo federal cria em 12 de março de 2004, na comunidade remanescente de Kalunga, situada nos municípios de Cavalcanti, Teresina de Goiás e Monte Alegre, no estado de Goiás, o PROGRAMA BRASIL QUILOMBOLA, como uma política de Estado para as áreas remanescentes de quilombos, abrangendo um conjunto de ações inseridas nos diversos órgãos governamentais, com suas respectivas previsões de recursos constantes da lei orçamentária anual do Plano Plurianual 2004-2007, bem como as responsabilidades de cada órgão e prazos de execução.
Por outro lado, estabelece uma metodologia que possibilita o desenvolvimento sustentável quilombola em consonância com as especificidades históricas e contemporâneas, garantido os direitos à titulação e a permanência na terra, à documentação básica, alimentação,
saúde, esporte, lazer, moradia adequada, trabalho, serviços de infra-estrutura e previdência social, entre outras políticas públicas destinadas à população brasileira.
Nesta trajetória, rastreiam-se as imagens de uma equação pautada no desafio e na ousadia destinados à promoção da igualdade racial, a partir de programas e medidas de cunho político e administrativo, visando, coletivamente, a inclusão social, na certeza de que está se construindo o novo e produzindo, assim, coesão em torno de uma agenda nacional que estabeleça acordos para promover a cidadania numa longa e contínua caminhada.
Programa Brasil Quilombola
Na segunda metade do século passado, em um momento marca do pela descolonização da África e pelo debate sobre a identidade nacional, vários historiadores revelaram as experiências de organização quilombola sob nova perspectiva. Elas foram observadas não só como recurso útil para a sobrevivência física e cultural daquelas pessoas, mas, acima de tudo, como instrumento de preservação da dignidade de homens e mulheres descendentes dos africanos traficados para o Brasil, que lutaram para reconquistar o direito à liberdade, inerente à sua condição humana, mas também conviver de acordo com a sua cultura tradicional.
Estes novos estudos e pesquisas comprovaram que além dos quilombos remanescentes do período da escravidão, outros quilombos formaram-se após a abolição formal da escravatura, em 1888, pois, continuaram a ser, para muitos, a única possibilidade de viver em liberdade.
I. A Realidade das
Comunidades Remanescentes
de Quilombos
Programa Brasil Quilombola
Programa Brasil Quilombola 9
Constituir um quilombo, então, tornou-se um imperativo de sobre vivência, visto que a Lei Áurea os deixou abandonados à própria sorte. Desprovidos de qualquer patrimônio, vivendo na mais absoluta miséria, os negros recusaram-se a conviver num mesmo espaço com aqueles que os considerava inferiores e não os respeitava na sua humanidade. Além disso, ainda tiveram que enfrentar as resistências e os preconceitos de uma sociedade o qual desprezava sua cultura e a sua visão de mundo.
Várias destas comunidades permanecem agregadas até os dias de hoje, algumas, inclusive, guardando resquícios arqueológicos. O seu reconhecimento não se materializa mais pelo isolamento geográfico –apesar das grandes dificuldades de acesso para alcançar o núcleo residencial de algumas delas – nem pela homogeneidade física ou biológica dos seus habitantes. É mais plausível afirmar que a ligação com o passado reside na manutenção de práticas de resistência e reprodução do seu modo de vida num determinado local onde prevalece
a coletivização dos bens materiais e imateriais.
Deste modo, comunidades remanescentes de quilombo são grupos sociais cuja identidade étnica os distingue do restante da sociedade.
É importante explicitar que, quando se fala em identidade étnica, trata-se de um processo de auto-identificação bastante dinâmico e não se reduz a elementos materiais ou traços biológicos distintivos, como cor da pele, por exemplo.
A identidade étnica de um grupo é a base para sua forma de organização, de sua relação com os demais grupos e de sua ação política. A maneira pela qual os grupos sociais definem a própria identidade é resultado de uma confluência de fatores, escolhidos por eles mesmos: de uma
ancestralidade comum, formas de organização política e social, a elementos lingüísticos e religiosos.
A característica singular que aproxima a dimensão do quilombo no período colonial às mais recentes formas organizativas dos quilombos contemporâneos está presente nas práticas econômicas desenvolvidas, cujos modelos produtivos agrícolas estabelecem uma necessária integração à micro-economia local com vistas à consolidação de um uso comum da terra.
Neste caso, a etnicidade deve ser levada em consideração, além da questão fundiária, ou seja, a terra é crucial para a continuidade do grupo enquanto condição de fixação, mas não como condição exclusiva para a
existência do grupo. E o território não estaria restrito ao espaço
geográfico, mas abarca muito mais: objetos, atitudes, relacionamentos,
enfim, tudo o que afetivamente lhe disser respeito.
Programa Brasil Quilombola
Território e identidade estão intimamente relacionados enquanto um estilo de vida, uma forma de ver, fazer e sentir o mundo. Um espaço social próprio, específico, com formas singulares de transmissão de bens materiais e imateriais para a comunidade. Bens esses que se transformarão no legado de uma memória coletiva, um patrimônio simbólico do grupo.
As especificidades e diferenciais socioculturais devem ser ressaltados, valorizados e priorizados quando da montagem de um modelo de desenvolvimento sustentável para as comunidades quilombolas, conjuntamente com a integração de cinco outras dimensões: sustentabilidade ambiental, social, cultural, econômica e política.
Destas dimensões, na fala recorrente dos quilombolas, algumas ameaças rondam as comunidades onde residem. São elas: a titulação, para garantir o domínio e a posse da terra assegurando, simultaneamente, alternativas viáveis para sua sobrevivência com dignidade, recuperando e renovando sua cultura; a legislação ambiental que não reconhece os direitos das populações tradicionais, e, muitas vezes, favorece tensões e conflitos nas áreas, que inviabilizam sua permanência na terra e a educação, onde as escolas em funcionamento nas comunidades não tem a manutenção garantida nem valorizam a cultura local.
A recente visibilidade da questão quilombola exige uma profunda revisão nos modelos de gestão utilizados para a implementação da política pública. Os quilombos se constituem em um sistema onde as dimensões sociopolíticas, econômicas e culturais são significativas para a construção e atualização de sua identidade. Dessa forma, buscam a eqüidade de maneira peculiar trazendo à tona a discussão do desenvolvimento imbricado na questão da identidade.
Nesta perspectiva, para as comunidades remanescentes de quilombos, a questão fundiária incorpora outra dimensão, pois o território – espaço geográfico-cultural de uso coletivo – diferentemente da terra que é uma necessidade econômica e social, é uma necessidade cultural e política, vinculado ao seu direito de autodeterminação.
Marco histórico contemporâneo de extrema relevância, o pro cesso Constituinte de 1988 propiciou uma ampla mobilização da sociedade civil brasileira. No cerne desta mobilização estavam entidades do movimento negro urbano, buscando incluir dentre os princípios constitucionais a luta quilombola pelo direito à terra e ampliando o debate no campo das políticas públicas acerca da realidade da população negra.
No início dos anos 90, surgiram mudanças significativas, reflexos das pressões internas protagonizadas por estas organizações e externas provocadas pelos compromissos assumidos pelo Estado brasileiro por meio de tratados e convenções internacionais. Por conseguinte, urge um novo discurso no interior das instituições públicas e privadas, que se materializou no avanço da luta pela promoção da igualdade racial.
II. O Programa
Programa Brasil Quilombola
Como resultado desse processo de mobilização, em novembro de 1995, houve a realização do I Encontro Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas, realizado em Brasília, nos dias 17, 18 e 19, tendo como tema: Terra, Produção e Cidadania para Quilombolas. Ao final do encontro, uma representação foi escolhida para encaminhar à Presidência da República um documento contendo as principais reivindicações aprovadas. Este encontro antecedeu a Marcha Zumbi dos Palmares, pela vida e cidadania a mais expressiva manifestação política do Movimento Negro Brasileiro, que, no dia 20 de novembro de 1995, reuniu cerca de trinta mil pessoas, na Praça dos Três Poderes, em memória ao Tricentenário de Zumbi dos Palmares, circunscrevendo, formalmente, as contribuições e reivindicações do Movimento Negro para a agenda política nacional.
É neste bojo que a questão quilombola entra no cenário nacional. O reconhecimento legal de direitos específicos, no que diz respeito a título de reconhecimento de domínio para as comunidades quilombolas, ensejou uma nova demanda, gerando proposições legislativas em âmbitos federal e estadual, promovendo a edição de portarias e normas de procedimentos administrativos consoante à formulação de uma política de promoção social para este segmento.
Ante as demandas para regularização fundiária, o Incra publicou a Portaria nº 307 de 22 de novembro de 1995, a qual determinava que se efetuasse a titulação das terras quilombolas sem especificar de maneira detalhada o procedimento a ser adotado.
Diante da ausência dos procedimentos para titulação, no período de 1996 a 1999, foi constituído um Grupo de Trabalho para coordenar as ações do Incra referentes aos remanescentes de quilombos, possibilitando diálogo com os demais órgãos governamentais envolvidos, como Fundação Cultural Palmares, os Institutos de Terras Estaduais e o Ministério Público para debater e propor procedimentos eficazes.
]Apesar do esforço realizado por esse Grupo de Trabalho do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, não houve uma normatização efetiva dos procedimentos administrativos. As poucas iniciativas foram interrompidas pelo Incra em 1999 quando da decisão do governo federal de transferir a competência de titulação das terras de quilombo para o Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares.
Em 13 de Julho de 2000, a Fundação Cultural Palmares publicou a portaria interna de nº 40 (DOU de 14 de julho de 2000), visando estabelecer procedimentos administrativos para a identificação e reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos e para a delimitação, demarcação e titulação das áreas por eles ocupadas. A principal dificuldade deste período foi localizada na desintrusão das áreas, sem a devida dotação orçamentária, para o pagamento de indenizações de benfeitorias de boa-fé.
Apesar da existência desta norma que reconhece a propriedade definitiva e atribui ao Estado o dever de emitir os títulos respectivos, passados 16 anos, verifica-se que apenas 71 comunidades de um total de 743 comunidades registradas oficialmente, passaram por processos de titulação.
Desde o ano de 2003, o governo federal vem procurando readequar os princípios da política que orienta a sua ação para as comunidades remanescentes de quilombo, dando-lhe maior objetividade na busca de superação dos entraves jurídicos, orçamentários e operacionais, que impediam a plena realização dos seus objetivos.
Em 2004, é criado o Programa Brasil Quilombola, cuja finalidade precípua é coordenar as ações governamentais para as comunidades remanescentes de quilombo por meio de articulações transversais, setoriais e interinstitucionais, com ênfase na participação da sociedade civil. O Programa é coordenado por meio Seppir, junto à da Subsecretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais e conta com 21 órgãos da administração pública federal.
Apesar de ser uma política do governo federal, o Programa mantém uma interlocução permanente com os entes federativos e as representações dos órgãos federais nos estados, a exemplo do Incra, Ibama, Delegacias Regionais do Trabalho, Funasa, entre outros, no intuito de descentralizar e agilizar as respostas do governo para as comunidades remanescentes de quilombo. Os governos municipais têm, neste contexto, uma função singular por responsabilizar-se, em última instância, pela execução da política em cada localidade.
O conjunto de ações inseridas no Programa é oriundo dos órgãos governamentais que integram o Comitê Gestor e são compatíveis com os respectivos recursos, constantes na lei orçamentária do Plano Plurianual 2004-2007, onde se prevê também as responsabilidades de cada órgão e prazos de execução. A definição das ações mais apropriadas para cada órgão é consolidada levando em consideração as demandas presentes nas comunidades.
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